O MBL quer censurar a personalidade das crianças viadas?

 Arquivo de texto de Sep 13, 2017



O MBL quer censurar a personalidade das crianças viadas?

A sociedade brasileira está chegando na adolescência política. Aos poucos, depois de tantos golpes militares e de setores conservadores, a sociedade começa a se identificar com os projetos de sociedade das políticas de esquerda, de direita e de centro.

Assim como o próprio espectro da sexualidade, que mostra tantas identidades de gênero, existem muitos ideais, causas e partidos que podem falar com o que as pessoas acreditam.

Entre eles, a extrema direita, que acredita que a censura ainda pode ser usada como forma de cercear a liberdade da criança em demonstrar sua personalidade e suas característica durante a infância.

O quadro da exposição trata do comportamento gay que vem desde a infância. A narrativa do MBL busca criminalizar esse comportamento natural, associando as características das crianças à pedofilia. A censura vai ao encontro a todos os preconceitos da sociedade contra os homossexuais, principalmente na infância quando são mais vulneráveis.

É UM CRIME associar essa infância “viada”, a demonstração pura das crianças de um comportamento e um vestuário que mais se identifique com a sua personalidade infantil, a uma coisa tão suja e vil como a pedofilia.

Mas o que essa ação do MBL mostra é que para essas pessoas ser gay ainda incomoda e muito.

Para conseguir mais alcance nas redes sociais e mais dinheiro das velhos carolas do falso moralismo, oMBL se acha no direito de dizer o que é ou não arte e decidir o que pode ser exibido ou não.

Esse é o cartaz tachado como pedofilia. A pergunta é: o que há de pedófilo ai, MBL?

As obras “Travesti da Lambada e Deusa das Águas” e “Adriano Bafônica e Luiz França de She-há”, da série “Criança Viada”, de autoria da cearense Bia Leite, as mais contestadas. (Trecho da entrevista da autora, Bia Leite, a Tiago Dias do UOL, em São Paulo)

Esse movimento, que é patrocinado por essas pessoas, usa de todos os artifícios, fake news e argumentos sujos para deturpar a cultura queer, como as obras taxadas de pedofilia que não tinham nenhuma pedofilia, apenas uma reprodução de uma gíria gay que trata da infância das pessoas homossexuais.

Dessa forma, o que o MBL apregoa é muito próximo do discurso praticado na ditadura militar e repetido por figuras fisiológicas da política que se identificam como extrema direita e são o lixo que sobrou dos 21 anos de loucura militar.

Talvez por isso seja apoiado e difundido por essas mesmas pessoas, utilizando as mesmas táticas de fake news.

Político de extrema-direita é pego espalhando fake news

O certo é que isso não vai impedir a sociedade de evoluir e reaças, é melhor jair se acostumando, porque vocês não vão barrar a arte

A sociedade que cresce agora está bem distante da época em que os negros eram escravizados, que as mulheres eram compradas e comparadas a animais e que os gays eram mortos e sujeitos a penas de cerceamento de liberdade (como as sofridas por Alan Turing (pai da computação), Oscar Wilde (escritos de “O retrato de Dorian Grey” e tantos outros que foram caçados e mortos por expressarem a sua natureza).

Ainda existem casos como esses nos dias de hoje, mas são tratados como a aberração e combatidos como uma expressão do pior da humanidade.

Protesto contra o fim da exposição Queermuseo.

O mundo que surge é o mundo filho das escolas de psicologia, de sociologia, antropologia, que todo dia desvendam mais informações sobre a identidade humana, a identidade de gênero e a legitimação de todos os pensamentos livres das amarras dos problemas do século 19. É possível ver traços das nossas escolhas e comportamentos diferentes até estudando as diversas escolas da economia.

E vai ter muito criança viada sim!


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