Eu ( Inconstante construção).

Acho que sou sensível demais. Pisciana, criada pela avó (que é virgíniana). Cresci entre as frutas e as flores que ela plantava, e ainda planta. Ela também me ensinou a amar os animais, além de ter me ensinado todas as orações e brincadeiras do tempo em que era criança, na verdade ela ainda tem o espírito de criança. Comunhão com a natureza, acho que o coração amoleceu demais. Não consigo ver o mundo do jeito que os meus amigos vêem. Confesso que as vezes a minha visão é pouco prática, já tentei mas não consigo mudá-la. Sou sensível mesmo. Gosto ou não das pessoas de primeira. E gosto mesmo. Se não gosto, geralmente dou uma segunda chance, já dei até a terceira. Brigo pelo que amo e por quem amo também. Gosto das pessoas, pra mim são como quadros. Cada um com suas cores, reflexos de vários meios, várias crenças, cometendo erros ou acertos, fazendo coisas lindas ou nem tanto. Cada uma com um caminho, com uma história de vida imensa. Interessante ver além das aparências, além das impressões das pessoas no mundo, a impressão do mundo nas pessoas, os livros que leram ou deixaram de ler, o que Deus representa, os familiares e vizinhos, o colégio e os amigos. As pessoas são lindas, e observá-las é um dos meus esportes preferidos, nem sempre se deixam ver completamente, mas basta olhar de perto pra ver a criança interior. O mais interessante é que se você tentar entender acaba compreendendo seus motivos. Daí me pergunto até onde deve ir a compreensão. Qual é o limite pra intervir?