Palavras que não existem.


Achei em seus olhos,
caminhos a percorrer,
Sentimentos que desejo.

Toda a poesia,
qual pintura contendo pintura.
Beleza que não se explica, por não conter beleza,
ou por não caber em qualquer explicação.
Belas as explicações seriam.

Exposta excessivamente ao seu olhar
Curiosa, em discreto êxtase, meio viciada
Tentando disfarçar a luz que meus olhos engoliam,
Sem compreender, sem conseguir te traduzir,
desejando ficar ali pra sempre,
tentando prolongar a brevidão do que é eterno.

Seus olhos gritavam milhões de palavras entre amor e fúria,
paixão e distância,
que combinados a vontade que entrava por meus ouvidos,
dominavam meus poros.
Lacuna.
Te escrevo sobre mim sem letras.