Torna-te o que tu és!

Todas as minhas teorias de vida dançam uma ciranda, desconexas e conexas, se completando ou contradizendo, pra que preciso de tantas? Sou levada pelas águas desse rio que não sei onde acaba, as ruas são o leito desse rio, os carros e os aviões são a correnteza, vou escorrendo pelos dias. As minhas verdades, cheias de razão são tão cansativas, com todas as suas explicações. Os meus medos são tão rasos. Me escrevo para me desentender, pra me confundir, pra desabafar. Estou cansada dos meus contrários, de olhar os meus abismos. A vida é mesmo essa corda bamba onde se deve sempre parar no meio, mas o meio é tão sem graça. Quero ir nos extremos.

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